Tipos de Parto

Tipos de parto: É possível escolher?

O primeiro pensamento de muitas mulheres quando descobrem a gravidez é dentre os tipos de parto qual escolher.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos ocorrem cerca de 140 milhões de nascimentos no mundo todo. A maioria desses partos, cerca de 85%, acontece sem complicações e resulta em bebês saudáveis.

No entanto, a taxa de mortalidade materna ainda é preocupante em muitos países.

Segundo a OMS, a cada ano, cerca de 295.000 mulheres morrem de complicações relacionadas à gravidez e ao parto. A maioria dessas mortes ocorre em países em desenvolvimento, onde as mulheres têm menos acesso a cuidados de saúde adequados.

Há uma grande variação na forma como os partos são realizados ao redor do mundo.

Em países desenvolvidos, o parto hospitalar é o mais comum, com uma taxa de cesáreas de cerca de 25%.

Já em países em desenvolvimento, a taxa de cesáreas é muito menor, em torno de 15%, e muitos partos ainda são realizados em casa ou em unidades de saúde com poucos recursos.

Mas afinal, qual é o melhor tipo de parto? O mais recomendado, tanto visando a saúde da parturiente como do bebê?

Nesse artigo, elencaremos os tipos de partos, os riscos e benefícios ao escolhê-los.

Tipos de parto

Os tipos de parto são:

  • vaginal
  • vaginal assistido (vácuo ou fórceps).
  • cesariana
  • vaginal após cesariana

Parto vaginal

É o tipo de parto mais seguro e comum.

A recomendação é sempre pelo parto vaginal, a menos que haja uma razão médica para uma cesariana.

Por meio dele a criança nasce através da vagina.

É a forma mais comum de dar à luz, pois apresenta o menor risco (na maioria dos casos).

Ele ocorre entre as semanas 37 e 42 de gravidez.

Ele é composto por três fases:

  • Trabalho de parto
  • Parto
  • Expulsão da placenta

Os benefícios são:

  • Recuperação mais rápida
  • Mais seguro para a mãe e o bebé
  • Menor taxa de infecção
  • Os bebês correm menor risco de problemas respiratórios e têm um sistema imunológico mais forte
  • A lactação e a amamentação são geralmente mais fáceis

Ele pode ser espontâneo ou induzido.

Ele é espontâneo quando ocorre por conta própria e sem medicamentos indutores.

Por outro lado, o induzido utiliza medicamentos ou outras técnicas para iniciar trabalho e para a abertura do colo do útero.

A recomendação para a indução ocorre quando a grávida tem uma condição médica ou tempo de gestação que ultrapassou o ideal para o nascimento.

Geralmente, uma vez que o colo do útero esteja totalmente dilatado, será orientado que se faça força durante uma contração.

Há divergência de opinião médica em relação quando deve ser realizada a força, por quanto tempo ou adiar a força, ou esperar até que a gestante sinta vontade de realizá-la.

Existem estudos científicos que mostram que resistir ao impulso de empurrar durante o trabalho de parto pode causar complicações como infecção, sangramento ou danos à pélvis.

Parto vaginal assistido

Um parto vaginal assistido ocorre quando é utilizado fórceps ou um dispositivo a vácuo para tirar o bebê da vagina.

Eles geralmente acontecem quando:

  • O trabalho de parto está ocorrendo há muito tempo
  • Ele não está progredindo
  • Cansaço excessivo a tentar empurrar o bebê
  • Quando há sofrimento para a mãe e o bebê

O procedimento de parto assistido podem ser:

  • Fórceps: os fórceps são uma ferramenta cirúrgica semelhante a uma pinça que os obstetras usam para segurar a cabeça do bebê e orientá-lo para fora do canal.
  • Extração a vácuo: Em uma extração a vácuo, o obstetra coloca uma pequena ventosa na cabeça do bebê. O corpo está preso a uma bomba que puxa a criança enquanto a mãe empurra. A extração a vácuo e a aplicação com fórceps são semelhantes em suas vantagens e desvantagens e, muitas vezes, a escolha entre elas depende da experiência do médico obstetra.

Parto cesariana

A cesariana ocorrerá por meio de incisões cirúrgicas feitas no abdômen e no útero.

Ela pode ser planejada se um motivo médico o exigir, ou pode não ser planejada por conta do surgimento de certos problemas.

A recomendação para a cesariana ocorrerá quando:

  • Tiver ocorrido uma cesariana anterior
  • Gravidez de gêmeos
  • Existência de placenta prévia
  • Existência de um mioma uterino ou outra obstrução

Pode acontecer do trabalho de parto mudar e uma cesariana se torna necessária para a saúde e segurança da mãe ou do bebê.

Uma cesariana não planejada pode ser necessária se qualquer uma das seguintes condições surgir durante o trabalho de parto:

  • Sofrimento fetal
  • O trabalho de parto não está progredindo
  • Prolapso de cordão umbilical
  • Descolamento da placenta
  • Hemorragia ou sangramento excessivo

Como qualquer cirurgia, uma cesariana envolve alguns riscos.

Há mais risco associado a uma cesariana do que a um parto vaginal.

Os riscos da cesariana são:

  • Infecção
  • Perda de sangue ou necessidade de transfusão de sangue
  • Coágulo de sangue que pode se desprender e entrar na corrente sanguínea (embolia)
  • Lesão no intestino ou na bexiga.
  • Recuperação mais longa e internação mais longa
  • Aderências abdominais

Por outro, a cesariana também tem seus benefícios.

Ademais, algumas mulheres preferem uma cesariana porque há mais controle sobre a escolha da data do nascimento do bebê.

Isso é chamado de cesariana eletiva.

As cesarianas ocorrem porque é clinicamente necessário.

A orientação a cesarianas que são programadas não sejam realizadas antes de 39 semanas de gestação, a menos que haja indicação médica.

Os benefícios da cesariana em comparação com um parto vaginal são:

  • Menor risco de o bebê ter trauma ao passar pela vagina
  • Menos risco de o bebê ser privado de oxigênio durante o nascimento
  • Possível menor risco de incontinência ou disfunção sexual

Parto vaginal após cesariana

O parto vaginal após cesariana deverá ter alguns cuidados.

Como houve durante a cesariana um corte cirúrgico resultante em uma cicatriz no útero, a preocupação é que a pressão durante o trabalho em um parto vaginal possa fazer com que o útero se rompa ao longo da cicatriz da cesariana anterior.

Por esse motivo, certos critérios devem ser atendidos:

  • Quando há uma incisão transversal baixa durante a cesariana
  • Não há outras cicatrizes ou anormalidades uterinas
  • Já houve um parto vaginal anterior
  • Não houve uma ruptura uterina anterior

Partos com aplicação de analgésicos

Um parto vaginal sem a utilização de medicamentos para aliviar a dor é um parto natural.

Por outro lado, pode usar analgésicos para amenizar a dor do parto vaginal.

Os analgésicos aliviam a dor sem causar perda completa de sensação ou movimento muscular.

O analgésico mais utilizado usado é a epidural.

Esse medicamento também pode ser usado na cesariana.

Vamos falar do parto natural?

Esta é uma opção cada vez mais procurada por mulheres que desejam uma experiência de parto mais tranquila e natural, sem intervenções médicas desnecessárias.

A experiência humanizada é um tema cada vez mais discutido entre as mulheres que desejam um parto mais respeitoso e menos medicalizado.

Neste cenário, a mulher é tratada de forma mais humanizada e respeitosa, considerando suas necessidades emocionais e físicas durante todo o processo.

Nesta experiência, a mulher é encorajada a se movimentar livremente, encontrar posições mais confortáveis e a utilizar técnicas de relaxamento para aliviar as dores do parto.

Além disso, a experiência humanizada também leva em consideração o vínculo entre mãe e bebê, valorizando a autonomia da mulher durante todo o processo.

Ela é encorajada a tomar decisões, como a escolha da posição e o uso ou não de medicamentos para alívio da dor.

É importante ressaltar que está modalidade não é indicado para todas as mulheres.

Casos de gestações de alto risco, complicações durante o trabalho de parto ou problemas de saúde da mãe, ou do bebê podem exigir intervenções médicas, como a realização de uma cesárea.

Porém, para mulheres saudáveis e com gestações consideradas de baixo risco, o parto natural pode ser uma ótima opção para vivenciar esse momento de forma mais natural e tranquila.

É importante conversar com o obstetra e se informar sobre as opções disponíveis para fazer uma escolha consciente e segura.

Considerações finais

Em suma, importante considerar que durante a gravidez, a mulher precisa se familiarizar com os diferentes tipos de parto.

A decisão deve ser em conjunto com o médico obstetra, pois ele recomendará o mais seguro com base no histórico médico e na gravidez.

No entanto, apesar de planejar o tipo de parto, pode ocorrer algumas intercorrências, como, por exemplo, o sofrimento fetal ou descolamento da placenta.

Nesse caso, a cesariana deverá ser realizada mesmo quando a opção tenha sido o parto vaginal.

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